OS BRASILEIROS E O SEXO

Pesquisas indicam que este é um dos assuntos que não saem da cabeça da população
O sexo está na cabeça do brasileiro.

Em seu doutorado recém obtido no Instituto de Psicologia da USP, Renata Plaza Teixeira, analisou grafites realizados em banheiros de universidades em São Paulo, Nova York, Roma, Madri e Berlim.

Sexo é assunto preferido disparado de brasileiros, brasileiras e alemãs. É a segunda preferência para o desabafo de italianas, italianos, espanhóis, americanas e alemães.
A pesquisadora explica que os grafites, por serem considerados por muitos um ato de vandalismo, traduzem conteúdos que são reprimidos e, por isso são interessantes para a Psicologia.

A explicação para que a maioria das pessoas de diferentes culturas escreva tanto sobre sexo quando ninguém pode ver o que ela está fazendo, se deve a isso. "A manifestação da sexualidade não acontece abertamente. Por ser reprimida, aparece numa forma de comportamento que também é reprimido, que é o grafite", explica Renata.

Outro ponto curioso é que no Brasil existem muitas inscrições unindo pessoas através do nome, assim como em outros países. Na Alemanha, no entanto, a descrença no amor tem grande destaque especialmente entre as mulheres. "Elas se mostraram bastante desesperançosas. São descrentes no amor e na possibilidade de encontrar um parceiro amoroso", aponta.

Exame na vida sexual

Há três anos, o ProSex (Projeto Sexualidade) do Instituto de Psiquiatria da USP, realizou a maior pesquisa já feita sobre o comportamento sexual do brasileiro. Foram entrevistadas 3.000 pessoas, com idades entre 18 e 70 anos, de diversas cidades do país.

A conclusão é de que a vida sexual no Brasil é satisfatória, sim. A média de relações sexuais fica em torno de 3 vezes por semana, 60% das mulheres se dizem satisfeitas com sua vida sexual e 68% dos homens também.

A diferença entre os gêneros fica maior quando a pergunta é sobre qual fator contribui para o desempenho sexual.

As mulheres (77,2%) dizem que é o carinho e o afeto, enquanto os homens (73,5%) destacam a atração física.

Entre os principais problemas, as mulheres citam a dificuldade de se chegar ao orgasmo.

POR: RENATA COSTA