domingo, 21 de agosto de 2011

Poema da Cerveja

Bebo cerveja porque faz calor.

Porque a noite é curta

e o dia interminável.

Prefiro o prazer à dor:

bebo cerveja, e não cicuta,

porque me é muito agradável.

Bebo cerveja com gosto,

vontade e sofreguidão.

Bebo cerveja disposto

a beber até um galão.

Bebo cerveja, não diga

que beber não me faz bem,

embriaga e dá barriga.

Bebo água, às vezes pinga,

mas bebo cerveja também.

Bebo cerveja sedento

como quem fica juntando

os mil pedaços do tempo.

Bebo cerveja sentado,

bebo cerveja em silêncio.

Bebo cerveja falando.

Se me enrolo com as palavras,

isso é só de vez em quando.

Bebo cerveja e não quero

me render à embriaguez.

Para ser bem sincero,

bebo uma de cada vez.

Beber cerveja é uma sina

que machuca e escraviza.

Muita vez a Neosaldina

é tudo que a gente precisa.

Beber cerveja é sentir-se

qual um mendigo rei

que dorme no precipício

de mais uma Quinta Sem-Lei.

Cerveja é bebida amarga,

gelada e inebriante.

Um dia, sem a cerveja,

sei que vou seguir adiante.


Resto do Post

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